Minha história começou há mais de 13 anos.
Eu estava num relacionamento onde o principal fator era o ex-marido. Eu ainda era bem nova. Comecei a jornada com 26 anos.
Foram 4 fivs. Engravidei na última tentativa! Uma gestação gemelar, muito desejada! Dois meninos que cresciam super bem, uma gestação tranquila até chegar em 27 semanas e a bolsa romper.
Eles nasceram choraram, mas enfrentaram as dificuldades da prematuridade. Heitor ficou conosco por 10 dias, e o Pietro por 50 dias.
1 ano depois da perda, o casamento também teve seu ciclo encerrado. E foi tudo muito difícil!

Não me imaginava amando ou sendo possível constituir uma nova família.

Os anos foram passando, conheci outras parcerias, e comecei uma nova história há pouco mais de 6 anos.

Com 4 anos de relacionamento, comecei a ter minha a vontade de ser mãe novamente.

Então começamos essa nova jornada. Agora, o fator principal era eu, meu histórico de endometriose, a adenomiose que apareceu e a idade avançada.

Fizemos a primeira fiv, tivemos 2 embriões, sem análise genética.

Depois de uns 6 meses fizemos nova estimulacao para poder aumentar as chances. Desta vez fizemos a análise e os 2 embriões que tivemos eram aneuploides.

Fiz um bloqueio hormonal por 3 meses devido a adenomiose, e fomos para a primeira TEC daqueles embriões que tivemos do primeiro estímulo.
A ideia sempre foi transferir 1.
Porém os embriões foram congelados na mesma palheta, e 1 deles não resistiu ao descongelamento.
Transferimos então o melhor. Mas o resultado foi negativo.

Resolvi mudar de médico (o que fiz estas 2 fivs foi o mesmo que cuidou do meu tratamento lá atrás na minha primeira gestação), e também parti para a ovodoação pois estava cansada de passar pelo estímulo.
Encontramos a doadora super rápido, tivemos 10 óvulos. Mas nenhum deles se tornou embrião. E foi um balde de água fria. Jogaram a culpa no meu marido!!! (Eu tenho certeza que foi alguma falha no processo ou doadora sem os devidos pré-requisitos)

Perdi totalmente a confiança no laboratório e senti um abandono médico. Resolvi mudar novamente.

Neste meio do caminho passei com uma imuno e descobri as trombofilias e alteração da atividade das células nk.

Comecei em outra clínica e outro médico e decidimos tentar mais uma vez com óvulos próprios.
Foi o meu melhor ciclo da vida! Tive 5 blastos, 4 de excelente qualidade.
Na avaliação genética tive 1 euploide e 1 mosaico de baixo grau. Os demais estavam alterados.

Fiz bloqueio novamente, cenário totalmente ajustado, não tinha o que dar errado! Mas, o euploide resultou em uma gravidez química. Foi muito triste. Pois era o melhor cenário que eu teria! As maiores chances eram estas.

No mês seguinte eu fiz o meu mês leve, comia o que me dava vontade, bebi meus drinques que gosto, me vinho.
Conversei com 2 geneticistas sobre os riscos do embrião mosaico.

Em setembro voltei a dieta e ao preparo para transferir meu mosaiquinho! Resolvemos arriscar. E seria minha última tentativa. Não queria mais tentar nada.

Eis que o mosaiquinho seria o meu lindo vitral!

Hoje chegamos às 18 semanas, estamos começando a sentir seus movimentos!

Sabemos que o caminho ainda não chegou ao fim, temos ainda um desafio, controle de colo uterino, e a apreensão natural de quem teve uma história traumatica!
Mas seguimos confiantes que ele sempre foi especial e será nosso arco-íris! 🌈