Oi, minha jornada começa antes do planejamento da gravidez, antes mesmo de querer ficar grávida! Quando era mais nova fazia meu acompanhamento na Clínica J.A. Pinotti e em meu primeiro US Transvaginal médica disse “nossa você tem um uterino bicorno. Mas isso não é um problema agora e vamos investigar outras possíveis malformações.” Na época não entendi muito bem a exclamação e fui atrás dos outros possíveis problemas que ela comentou, que felizmente não foram encontrados e segui com esse diagnóstico por 10 anos . Quando fiz 29 anos conversei com meu marido que achava que estava pronta e decidimos que iríamos começar a tentar ter filhos. Para me preparar para essa nova fase resolvi trocar de médico por um mais credenciado e por indicação, fui a um renomado médico paulistano que na época era presidente da Febrasgo e hoje é Diretor Científico ali. Ele me orientou a suspender o uso de anticoncepcional e tentar por 1 ano e que as chances de engravidar espontaneamente era enorme, pois eu “era jovem”. Assim se passou 1 ano e quando voltei lá, ele finalmente pediu exames adicionais para investigar melhor meu útero bicorno e pediu alguns exames para meu marido tbm. Quando os resultados chegaram foi um caos, os novos exames não eram conclusivos em relação a minha malformação e diziam “ útero bicorno ou septado” e os exames do meu esposo tbm tiveram alterações no espermograma. Com todo esse caos ele nos mandou para um especialista em fertilidade e informou que teríamos que fazer FIV. Chorei muito com a notícia, mas fui esperançosa para o especialista em fertilidade, chegando lá levei todos os exames, ele pediu outros exames e quando os resultados chegaram ele ainda não conseguia confirmar se meu útero era mesmo bicorno ou septado e me indicou um outro especialista em malformação mulleriana que pediu mais exames e exames. Nesse fluxo de exames e médicos sem fim se passou mais 1 ano e meio e nada. Todos os meses era uma frustração! Quando finalmente me indicaram o Dr. Sérgio Conti Ribeiro, que logo na primeira consulta me disse que meu útero era septado , um septo bastante extenso que chegava quase até o colo do útero, e a cirurgia era a única opção para engravidar pois tinha “um diu natural” em mim. Operei 2 semanas depois e depois de 3 meses após a cirurgia ainda não tinha engravidado. Ele disse que não iria me prender ali, pois já estava nessa jornada há bastante tempo e não queria me desgastar mentalmente ainda mais, me indicou 2 médicos. Escolhi o Dr. Pedro Monteleone , não pq ele era o mais fofo acolhedor, mas pq depois de mais de 2 anos tentando engravidar precisava de alguém que falasse a verdade nua e crua, sem rodeios e floreios. Esse é ele!
Fiz a indução, tivemos mais de 10 óvulos e 6 que chegaram a blastocisto e fiz a primeira transferência a fresco. Negativo.
Fui para segunda transferência confiante que estava tudo bem e que daquela vez daria tudo certo, mas não deu. Negativo.
Na terceira vez fui chorando e ele pediu para esperar um mês, perguntei oque estava fazendo de errado e se tinha algo a fazer. A resposta foi não. Um mês depois fiz mais uma transferência e outro negativo.
Nesse ponto realmente achei que nunca seria mãe, pensei em adotar e cheguei a visitar abrigos. Dei um respiro e fui para a transferência número 4 e outro negativo ! Dr. Pedro me pediu para respirar espairecer e ir viajar. Fiz tudo receitado pelo médico e o convenci a transferir 2 embriões dessa vez, estávamos transferindo um por vez até ali devido minha cirurgia para tirar o septo que poderia ter deixado a parede do útero mais fina e uma gravidez gemelar aumentaria o risco de ruptura uterina. Ele concordou mas quem manda não sou eu ou ele e um embrião se perdeu no descongelamento . Novamente transferi um único embrião, meu último, e finalmente meu primeiro positivo veio!
Voltei para o Dr. Sérgio Ribeiro e dei a luz a uma linda menina saudável!
Nesse ano, voltei a Clínica Monteleone e o Dr. Pedro , fiz todo processo novamente de indução , coleta e fertilização e na primeira transferência meu positivo veio!
Hoje acompanho minha gestação de 5 meses com o Dr. Sérgio.